INTRODUÇÃO: O vírus SARS-Cov-2, causador da doença COVID-19 que foi detectado em dezembro de 2019 na China, é transmitido por gotículas respiratórias ou pelo contato direto com uma pessoa contaminada. Em consequência do alto índice de transmissão, o vírus alcançou todos os países e após alguns meses foi declarado estado de pandemia. Por ser uma doença desconhecida, as únicas medidas existentes para conter a transmissão eram o uso de máscaras juntamente do álcool em gel, e o isolamento social. As orientações de controle da pandemia são recebidas da Organização Mundial da Saúde, sendo assim, cada país é responsável por exercer essas orientações. – OBJETIVOS: Descrever a percepção de suscetibilidade à COVID-19, a adoção e a crença em comportamentos preventivos contra a SARS-CoV-2. – MATERIAIS E MÉTODO: Estudo de caráter quantitativo e delineamento transversal coletou dados do projeto de origem, denominado “Does politics make you sick?”, o qual tinha como objetivo adquirir uma amostra representativa relacionada às atitudes de preferências da população acerca da COVID-19. Neste estudo foi realizado um questionário online com moradores de 4 países da América Latina (Brasil, Chile, Colômbia e México) porém, para o presente projeto coletamos apenas os dados do Brasil. De 16 blocos, extraímos dados do bloco 1, que analisou a crença sobre a COVID-19, o bloco 2, que analisou a vulnerabilidade percebida ao COVID-19, o bloco 5, que analisou os comportamentos preventivos, e por fim, coletamos os dados do bloco 16, o qual apresentava as informações sociodemográficas dos participantes. Para fins descritivos, os resultados foram apresentados utilizando descrição de frequências absoluta e relativa. – RESULTADOS: A amostra final do estudo foi de 1131 pessoas compostas predominantemente por pessoas do sexo masculino (59,1%), adultos jovens até 29 anos (32,4%), com ensino médio completo (39,2%), brancos (42,5%) e empregados com carteira (39%). Mais de 80% relatou estar moderadamente ou extremamente preocupado em contrair (83,6%) ou que alguém próximo contraia COVID-19 (91,7%), enquanto 46,9% percebem que a possibilidade de contrair a COVID-19 é alta ou muito alta. Dentre as 6 questões sobre conhecimento em relação à COVID-19, mais de 90% relatam reconhecer as formas de transmissão, prevenção, fatores que aumentam o risco de complicações e as recomendações nacionais. Por fim, a adoção das medidas protetivas foi alta, com mais de 78% dos respondentes indicando adotar as medidas questionadas com exceção da medida “trabalhar em casa” a qual foi reportada por 56,5% dos participantes. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar das dificuldades de comunicação efetiva sobre as medidas protetivas por meio dos órgãos responsáveis, além da grande quantidade de desinformação e fake News que circularam nas redes sociais, elevada proporção dos brasileiros se preocupa, percebe conhecer a doença e relata adotar as medidas protetivas para evitar a disseminação da COVID-19.