INTRODUÇÃO: Cada vez mais no âmbito farmacêutico, vemos uma tendência da população em geral em buscar métodos alternativos de tratamentos, baseados em um conhecimento mais tradicional e natural. Muitas das plantas usadas nesses tratamentos possuem pouco ou nenhum estudo acerca de suas propriedades, o que dificulta sua utilização de forma eficaz e segura. O levantamento de dados sobre as plantas mais utilizadas por determinada população ajuda na elaboração de pesquisas futuras, que poderão se voltar apenas a determinadas plantas, tornando esse processo mais rápido e acertivo. Além disso, esse estudo também auxilia na manutenção do conhecimento etnofarmacológico, importante na compreensão da relação do ser humano com a natureza ao seu redor. – OBJETIVOS: Verificar quais plantas medicinais são mais comumente utilizadas na cidade de Curitiba, PR e região metropolitana, relacionando os dados coletados com informações científicas que já tenham sido validadas cientificamente. – MATERIAIS E MÉTODO: A pesquisa foi conduzida em duas etapas: a) coleta de dados por meio de aplicação de questionário online, com o auxílio da ferramenta Google Forms, que foram divulgados em âmbito digital e também por meio de folhetos, essa etapa buscou esclarecer quais eram as plantas mais utilizadas, a fim de delimitar os objetos de pesquisa, bem como seus usos mais comuns; b) revisão bibliográfica de artigos científicos sobre duas das plantas mais citadas, utilizando as plataformas Scielo, PubMed e Google Acadêmico, a fim de relacionar os usos citados com as propriedades científicas das plantas. – RESULTADOS: Entre as plantas mais utilizadas pela população de Curitiba e região metropolitana estão a camomila e a erva-doce. No geral, observou-se uma concordância entre os usos de conhecimento geral e as propriedades científicas das plantas, havendo apenas alguns casos em que plantas similares, porém com propriedades distintas, podem ter sido confundidas, como a erva-doce e o funcho. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar do conhecimento etnofarmacológico ser tido como superficial e muitas vezes como pouco embasado, percebemos que sua construção converge com o conhecimento científico, mesmo que siga métodos diferentes. Além disso, ele funciona como um ponto de partida para diversas pesquisas, já que boa parte delas vem justamente com o intuito de comprová-lo. Dessa maneira, esse conhecimento, por mais que tradicional, acaba ajudando no processo da inovação científica, principalmente na elaboração de novos medicamentos, mais acessíveis e baratos.