INTRODUÇÃO: As relações afetivas fazem parte da construção de um indivíduo desde o momento de sua geração, perdurando por toda a vida. Para obter o conhecimento sobre o modo como ocorre o estabelecimento dessas relações e seus respectivos resultados é necessário compreender como se constitui o vínculo entre professor e aluno dentro da sala de aula, buscando qual é a composição de comportamentos sociais e pedagógicos dessa interação que impulsionam o desenvolvimento cognitivo e, consequentemente, linguístico da criança. – OBJETIVOS: O presente estudo buscou realizar uma revisão bibliográfica de trabalhos que abordam a influência de comportamentos afetivos na relação entre professor e aluno, com enfoque no desenvolvimento de sua linguagem. – MATERIAIS E MÉTODO: O procedimento adotado foi: quantificar trabalhos nacionais e internacionais (em língua portuguesa) que que avaliem o comportamento emitidos pelo cuidador em sala de aula e são refletidos no desenvolvimento da linguagem de seus alunos e identificar as variáveis utilizadas nesses artigos científicos que mensurem as relações aluno-professor desde a primeira infância abordando a afetividade nesse processo. Os artigos foram selecionados por uma pesquisa sistemática de periódicos por meio do banco de dados de Periódicos da CAPES. As palavras descritoras foram utilizadas no campo de busca estruturadas na seguinte expressão [“aquisição da linguagem” E “afetividade” E “linguagem”]. Não foi delimitado um período para as buscas com relação ao ano de publicação dos trabalhos. Buscou-se classificar os trabalhos encontrados por meio de fatores de comparação entre as diferenças e semelhanças dos conteúdos abordados em cada um. Considerou-se também se as pesquisas possuíam ou não amostragem em campo. – RESULTADOS: O levantamento resultou em 304 artigos, apenas 10 trabalhos se enquadraram aos critérios pré-definidos para análise, a qual apontou que somente 04 artigos realizaram amostragem em campo e apenas 02 apresentaram análises estatísticas. Não há um padrão de variáveis empregados para os estudos do comportamento dos adultos em interação com a criança, no que se refere à influência positiva em seu desenvolvimento linguístico. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados encontrados demonstram que não há frequência no uso de modelos de pesquisa entre o comportamento do adulto em relação ao desenvolvimento cognitivo da criança. Entre os artigos analisados, cada um utilizou um caminho diferente para a condução da pesquisa, embora seus objetivos fossem semelhantes, essa falta de padronização para esses estudos dificulta encontrarmos medidas mais efetivas para mensurarmos de maneira objetiva técnicas mais ou menos adequadas.
