INTRODUÇÃO: A espécie equina desempenha um papel econômico de grande importância no Brasil. Portanto, com o objetivo de obter cavalos melhores para suas respectivas funções, a biotecnologia reprodutiva ganha cada vez mais visibilidade no mercado do cavalo. A biotécnica de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) é amplamente utilizada nos bovinos, visto que otimiza o serviço do médico veterinário, facilita o manejo dos animais, e possui vantagens financeiras. O Grupo de Estudos em Reprodução de Equídeos da PUCPR possui uma linha de pesquisa desde 2017, que busca adaptar essa biotecnologia para os equinos, alcançando uma eficácia parecida com a da inseminação artificial convencional (IAC). Inclusive, no processo de adaptação da técnica, foi proposta uma nova nomenclatura para o seu uso nos equinos: inseminação artificial em tempo programável (IATP). – OBJETIVOS: Logo, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise associando o custo e a eficiência de quatro protocolos de IATP em equinos, comparando ainda com a IAC. – MATERIAIS E MÉTODO: Sendo assim, 40 éguas foram separadas em dois grupos, 32 para a IATP e 8 para a IAC, de maneira que na IATP as éguas foram subdivididas em quatro grupos de diferentes protocolos, cada um formado por 8 éguas. O grupo de IAC foi acompanhado por ultrassonografia diariamente, até o momento de indução da ovulação, com hCG. As inseminações utilizaram do sêmen fresco na dose total, e as ovulações foram monitoradas, a fim de realizar as coletas de embrião 8 dias após a ovulação, verificando assim a eficácia do protocolo. Dessa forma, foram acompanhados 32 ciclos estrais na IAC, sendo quatro de cada uma das oito éguas. Na IATP, foram avaliados quatro protocolos: G14, G14e, G16, e G16e, onde a diferença entre eles está na quantidade de dias e na inclusão ou não do estrógeno. Nestes protocolos, foram inseridos via intravaginal implantes de progesterona no D0, que foram retirados no D10, dia em que também receberam a prostaglandina. Nos grupos G14e e G16e as éguas além de receberem o implante no D0, também receberam uma aplicação de estrógeno. No D14 ou D16, dependendo do protocolo, as éguas foram avaliadas, e aquelas que estavam aptas, foram inseminadas com sêmen fresco em dose reduzida, e induzidas à ovulação com o hCG. Foi realizado o diagnóstico de gestação 17 dias após a data de inseminação, para averiguar a eficácia dos protocolos. Todo material utilizado tanto na IAC quanto na IATP foi contabilizado e tabulado, a fim de fazer a comparação financeira entre eles. – RESULTADOS: A taxa de prenhes da IATP foi igual a 15,6%, enquanto a taxa de recuperação embrionária da IAC foi de 68,8% (p<0.05). Em relação ao custo, a IATP teve uma economia de 15,4% em relação ao grupo de IAC. Os quatro protocolos de IATP testados não apresentaram diferença significativa entre seus valores, sendo considerados iguais estatisticamente. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Apesar da IATP apresentar redução no custo final quando comparada com a IAC, os resultados de eficácia não foram satisfatórios, se mostrando assim necessária a realização de mais pesquisas sobre a técnica na espécie equina.