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ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS CLÍNICOLABORATORIAIS DE RESPOSTA AO IMATINIBE EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA EM FASE CRÔNICA

RESUMO

INTRODUÇÃO: A leucemia mieloide crônica (LMC) é um distúrbio clonal de uma célula pluripotente que afeta 1:100.000 indivíduos anualmente, representa 20% de todas as leucemias e apresenta como idade mediana os 55 anos. É uma doença marcada pela presença do cromossomo Philadelphia (Ph), o qual é resultado da fusão entre os genes ABL – cromossomo 9 – e gene BCR – cromossomo 22 -, que leva a formação do gene híbrido BCR-ABL1. Essa alteração é responsável pela ativação da proteína tirosina quinase, além de ser o sítio primário de tratamento. O tratamento inicial é os inibidores de tirosina-quinase (TKI) . Atualmente, o monitoramento do sucesso dessa terapia envolve uma análise quantitativa dos níveis de transcritos de BCR- ABL por meio de PCR. Desde o início do uso dos TKI, a orientação era manutenção por tempo indefinido para aqueles que atingiram bom controle da doença, o qual ocorre quando a carga de transcrição do BCR-ABL reduz para 3 log no valor (0,1%), atingindo a remissão molecular. Porém, pacientes que utilizam essa terapia por toda vida podem apresentar efeitos adversos crônicos que impactam diretamente na qualidade de vida, na adesão ao tratamento e, consequentemente, no sucesso desta terapêutica . Assim, em pacientes com boa resposta molecular, a descontinuação de TKI pode ser considerada. – OBJETIVOS: Objetivo geral é analisar a proporção de pacientes com Leucemia Mieloide Crônica em fase crônica aptos a considerar a suspensão do tratamento com Imatinibe. Objetivo específico é: • Descrever dados demográficos, clínicos e laboratoriais de pacientes; • Caracterizar a resposta molecular; • Relatar a característica molecular da BCR-ABL1 transcrita; • Avaliar o período de uso de imatinibe; • Aplicar questionário de qualidade de vida; • Correlacionar os pacientes aptos a suspender a terapia com as variáveis: idade, gênero, dados do hemograma e cariótipo do prontuário. – MATERIAIS E MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa quantitativa observacional transversal. Submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.e Foram recrutados, pacientes atendidos no ambulatório de leucemia do Instituto de Câncer de Londrina (ICL), diagnosticados com Leucemia Mieloide Crônica no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2017. – RESULTADOS: 18 pacientes (60%) fecharam o critério para suspensão da terapia. O tempo mediano para atingir resposta molecular profunda foi de 28 meses. Ao avaliar a resposta molecular maior, encontrou uma média de 19 meses. 29 queixaram-se de efeitos colaterais, em sua maioria, se mantêm desde o início do tratamento. Dentre os efeitos mais prevalentes são câimbra (80%), indigestão (70%), dores articulares (67%), diarreia (63%), aumento de peso (53%) e dor óssea (53%). Os pacientes apresentam os efeitos de forma leve a moderada. Na análise de persistência dos efeitos colaterais, foi observado que 83% da amostra mantém a sintomatologia. Os piores escores na qualidade de vida foram a “dor” e “vitalidade. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: Observou-se que 60% dos pacientes estão aptos a suspender o imatinibe, sendo que o tempo mediano de resposta molecular profunda foi de 28 meses. A suspensão pode auxiliar na redução dos efeitos colaterais.como visto neste estudo.

PALAVRAS-CHAVE:

Leucemia mieloide crônica; fase crônica; Ibrutinibe.

APRESENTAÇÃO EM VÍDEO

Esta pesquisa foi desenvolvida com bolsa de Iniciação Científica com recursos da PUCPR
Legendas:
  1. Estudante;
  2. Orientador;
  3. Colaboradores.

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