INTRODUÇÃO: Esta pesquisa tem como objetivo principal analisar a percepção do migrante estudante e a percepção do professor em relação ao ensino de Português como Língua Estrangeira (PLE) e ao material utilizado nas escolas, e como os documentos oficiais da BNCC e o PNLD norteiam os materiais didáticos para o ensino desses migrantes matriculados na educação básica de ensino. – OBJETIVOS: Com isso autores como Dellisola (2009), Dias (2009) e Almeida Filho (2011) foram utilizados para compreender a relação entre língua-cultura, o enfoque nas quatro práticas discursivas, por meio dos gêneros textuais, e, principalmente, auxiliar na análise do questionário aplicado às turmas e professores do curso de PLE, do programa Lampedusa, promovido pelo PUCIdiomas e a alunos migrantes do Colégio Costa Viana e TECPUC. – MATERIAIS E MÉTODO: Os materiais e metodologia utilizados são a análise de conteúdo, proposta por Bardin (2016), a elaboração de um questionário e a análise do material da coleção Novas Palavras (2016) e a identificação dos critérios de avaliação do PNLD e a BNCC para o ensino de PLE. – RESULTADOS: Os resultados obtidos, primeiramente, em relação ao livro didático Novas Palavras, foi o desenvolvimento das quatro práticas discursivas, de forma interativa, por meio da diversidade de gêneros textuais. A análise das respostas dos questionários trouxe a reflexão da possível necessidade de um currículo internacional de PLE, visando salas de aulas plurais, consequente do aumento de migrantes no território brasileiro, e a como a elaboração do material didático influencia na integração e motivação do estudante na aprendizagem da cultura brasileira e da língua portuguesa. – CONSIDERAÇÕES FINAIS: As necessidades de cada grupo se refletem nas dificuldades encontradas na aprendizagem da língua-alvo. O grupo dos alunos do ensino médio tem como foco o estudo, tendo dificuldades nas produções acadêmicas devido a diferenças encontradas entre a gramática da língua portuguesa e a de sua língua materna. O grupo do curso de PLE do Programa Lampedusa tem como foco o trabalho, logo é necessário que ocorra o desenvolvimento comunicacional, sendo a maior dificuldade dos migrantes a oralidade, voltada para a pronúncia, e a compreensão oral de diferentes sotaques. Em alguns casos, a língua irá ter o papel de acolhimento, como no caso da aluna que está aprendendo português para compartilhar suas experiências como escritora. Sem compromisso e/ou pressão, a aprendizagem passa a ser vista como o momento do migrante de integração na sociedade e o sentimento acolhedor em exercer seu direito como cidadão.
(O5.2) PIBIC – Ciências Humanas – LETR, LING, ART : 26/10 – 11h00 – 13h00 – Auditório – Gregor Mendel